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sábado, 31 de dezembro de 2011

Adeus Ano Velho

O que torna um dia memorável?

Céu limpo, sol quente, abraço apertado, cheiro de grama recém-cortada...
Sorriso largo, olhares trocados, bolo de fubá quentinho, saído do forno.
Uma bela paisagem, um beijo demorado.
Carinho da família, reconhecimento do chefe, a lembrança do amigo distante.

Dançar Sinatra de rostinho colado, assistir ao show do Roberto Carlos, sentir dor na barriga depois de tanto rir.
O telefone que toca, o e-mail que chega, o encontro inesperado no lugar incomum.
Dormir de conchinha, acordar ao lado de quem se ama... ter a certeza de que se é correspondido.

O dia está quase acabando e o que você me diz?
 
Terá ele ficado na memória, ou será só mais um como os outros 364 que já se foram?

Não, este não... não é só mais um... é o último do ano! Precisa ser diferente!

Por isso, quando o relógio der a décima segunda badalada, como vai ser? Você vai comemorar o que fez ou lamentar o que poderia ter feito?

Eu sei como vai ser o meu momento, mas sei também que muita gente vai "desculpar" os lamentos alegando "falta de tempo"...

O tempo é mesmo implacável e são muitas as vezes que jogamos a culpa nessa coisa que nunca nos perdoa...

Mas se a gente pensar bem, se usar um pouquinho a matemática, é possível sim ter ele a nosso favor. Afinal, um ano tem quase nove mil horas. Mais de 525 mil minutos. É tempo à beça pra correr atrás daquilo que a gente tanto procura!

Até porque, a gente perde um tempo danado nessa vida pensando naquilo que não devia, não é?!
 
É o imposto que está caro, a mensalidade do filho que aumentou...
A prestação atrasada, a conta vencida, a grama verde do vizinho. 
Os pequenos aborrecimentos do dia a dia, a promessa não cumprida, aquela mágoa de quem não estava lá quando você mais precisou...

Não! O tempo é precioso demais pra tudo isso! E se quisermos realmente fazer a diferença, precisamos começar agora... nessas últimas horas de 2011. É preciso fazer o possível pra que elas se tornem dignas do título "memoráveis".

Por isso, aproveite para agradecer o que conquistou e já comece a pôr em prática os planos que nunca saíram do papel. Esse é o momento de sonhar, de renovar a fé, de acreditar no próprio potencial de vencer.
 
Faltam poucos minutos... faça acontecer!
 
Pra que assim, quando no ano que vem, nós nos encontrarmos novamente nessa mesma data, a poucas horas de mais uma virada, você possa me dizer:
 
Este é o último dia, de um ano memorável!
 
Feliz 2012!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Desejo de Natal

São José do Rio Preto, 09 de Dezembro de 2011.

Querido Papai Noel,

Sei que já estou grandinha e que o senhor deve ter bilhões de pedidos para ler e tentar atender, mas peço que, se sobrar um tempinho, dê atenção a essa humilde cartinha eletrônica.

Dezembro finalmente chegou e confesso que, pra mim, esse é o mês mais difícil dos doze que "o tempo" criou. É o momento do ano em que meu coração mais se enche de nostalgia. É quando sinto saudades de tanta coisa que chega a doer...

Parece bobo, mas sinto falta do tempo em que minha maior preocupação era saber qual seria a sobremesa da ceia... De quando a minha única obrigação era me manter acordada pra aguardar ansiosamente a sua visita.

Sinto saudade de acreditar quando meu coração dizia "ele vai aparecer"... e de realmente te ver quando chegava a meia-noite.

Sinto até falta dos Especiais de Natal da Turma do Charlie Brown - que têm aquela trilha do Vince Guaraldi que me emociona até hoje * - e daquele monte de desenhos animados que eram exibidos na TV no dia 25.

E sim, sinto muita saudade do tempo em que eu nem imaginava o significado da palavra frustração...

A verdade é que mais um ano se passou e é aí que percebo que algumas lacunas ainda não foram preenchidas.

Confesso que não sei se fui uma boa menina. Fiz coisas de que não me orgulho, mas também passei longos meses tentando compensar esses defeitos.

Fiz de tudo pra não desejar o mal de ninguém, mesmo daqueles que eu sabia que tentavam me prejudicar - todo mundo erra de vez em quando, não é?

Tentei ser uma boa filha, uma boa amiga, uma boa profissional, uma boa colega de trabalho... Não sei se consegui. Por vezes falei mais do que ouvi. Perdi a paciência com quem não merecia. Me exaltei quando deveria ter me calado.

Mas também revi conceitos. Mudei a visão que tinha de certas pessoas e passei a enxergá-las da maneira como realmente são: sensíveis, divertidas e cheias de insegurança - assim como eu.
Aprendi também que imagem não é nada e por isso abri meus olhos para alguns lobos que se disfarçam em pele de cordeiro.

Errei muitas vezes, mas em diversas ocasiões não tive problemas em pedir desculpas (e pra ser sincera, me magoei muito com quem não fez o mesmo comigo).

Tentei não esperar mais do que as pessoas podiam me oferecer. E errei nisso também...

Menti algumas vezes, quando foi extremamente necessário. Mas nunca menti pra mim mesma e fui extremamente fiel aos meus sentimentos - até quando eu deveria guardá-los em segredo pra me proteger melhor.

Dei o meu melhor pra tentar entender os problemas e as inseguranças de quem eu considerava muito especial... e me decepcionei bastante quando essa mesma pessoa não se mostrou capaz de me retribuir.

Acreditei em tantas coisas que me disseram que desabei quando descobri que o que parecia verdade era apenas ilusão. Acreditei tanto que, por muitas vezes durante esse ano, perdi grande parte da minha fé (me desculpa por isso?)...

Tentei usar meu bom senso, não julgar o outro. Ser justa, respeitosa. Acho que nem sempre consegui.

Sei que eu poderia ter sido um ser humano melhor, mas sei também que aprendi muito com os meus tropeços.

Sendo assim, Papai Noel, se apesar de tudo o senhor ainda achar que sou merecedora de um presente neste Natal, escute o meu pedido: por favor faça com que eu chegue mais perto dos meus sonhos.
Com carinho,

Patricia














* Vídeo original de "A Charlie Brown Christmas" neste link: http://www.youtube.com/watch?v=GPG3zSgm_Qo (vale a pena assistir!)