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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Quando o amor acontece *

* Título em português de um filme açucarado com Sandra Bullock e Harry Connick Jr. , que tem na trilha sonora a música When you love someone, do Briam Adams, minha sugestão para acompanhar esse texto...

Vivemos intensamente à sua procura...

Nos desgastamos, fazemos apostas erradas, damos a cara à tapa para chegar o mais próximo possível dele e quando queremos muito, parece que o universo inteiro conspira contra esse encontro.

Não sou uma pessoa de muitas experiências e estou bem longe de entender do assunto. Tudo que sei, aprendi nessas tentativas de alcançá-lo.

Algumas foram válidas, outras eu preferia ter o poder de apagar da lembrança... adiantaria alguma coisa? Pensando bem, acho que não...

Um dos meus filmes preferidos é "Brilho eterno de uma mente sem lembranças". No enredo fictício, um casal que não consegue superar a dor da separação recorre a um futurista processo científico que literalmente "apaga" do cérebro toda e qualquer memória que tenha tido um final infeliz.

Acontece que no filme - assim como na vida - o tiro sai pela culatra. Apagar uma memória não impede que o destino torne a traçar o mesmo caminho para os protagonistas e assim, novamente sem se conhecer, eles voltam a se encontrar e recomeçam sua história, que terá dessa vez - e aqui vai o meu otimismo - um desfecho feliz.

Olhando desse ângulo, não seria mesmo interessante abrir mão das lembranças... Dizem que quem vive de passado é museu, mas se não fosse por ele, não aprenderíamos a valorizar nosso presente, não é? Afinal, somos feitos de sonhos e ilusões e também de erros e decepções.

Lembranças boas ficam carinhosamente guardadas na memória e lembranças ruins acabam servindo para inspirar poemas, textos e canções de dor de cotovelo...

No mais, o que amanhã fará parte das nossas boas lembranças começa a ser feito hoje, como um fio que tecemos aos poucos até virar uma trama prontinha pra nos aquecer.

Entre esses fios estão pequenos detalhes... um comentário bobo de alguém que não sabe direito como dizer que sente nossa falta, um telefonema no meio da madrugada... Um pedido de desculpas sincero ou uma simples frase de enorme poder: "relaxa, tá tudo bem...".

Mas voltemos ao assunto principal, a busca.

Muitas vezes ao empenhar grande parte de nossa energia nessa procura, somos surpreendidos... acabamos achando que as tentativas, às vezes, são em vão...

Temos a certeza de que é pra sempre, que encontramos o pote de ouro no fim do arco-íris e... tudo não passa de uma ilusão.

Por outro lado, às vezes passamos pelo tesouro sem perceber... não damos o devido valor, achamos falso o brilhante e o enxergamos com um nebuloso cristalino... sabotamos e subestimamos nossa descoberta.

E sem mais nem menos, eis que surge a ironia (lá vou eu falar dela de novo): quando menos desejamos que ele se torne verdade, quando todas as infelizes coincidências se juntam contra nós e insistimos com toda a força em não acreditar que o amor possa realmente ser tudo aquilo que sonhamos...

Aí, meu amigo, não adianta fugir... ele simplesmente... acontece.