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terça-feira, 1 de julho de 2008

O Ponto Final

É ele que pontua o final de cada sentença.

Nem sempre é o que desejamos pra nós, nem para aquele momento, mas inevitavelmente ele deve estar lá... Afinal, não podemos deixar a sentença ao acaso, acabando no vazio... Não é?!

Mas a pergunta principal aqui é: quando, exatamente, é o momento de desistir? Dar por encerrada uma situação? Admitir que chegou o fim?

Sabemos pontuar esse momento? Entendemos quando ele chega? Concordamos com ele?

Por que é tão difícil encarar determinados acontecimentos e entender que a nossa vontade pode ser muito diferente dos fatos?

Precisamos ouvir "Acabou! Boa sorte..." (como diz a letra da música de Ben Harper e Vanessa da Mata) ???

Pra mim o ponto final sempre foi algo que demora a acontecer... Nunca fui boa em aceitar aquilo que contraria a minha vontade. Sou teimosa e insistente quando acho que determinada coisa vale a pena... mesmo se depois descobrir que estava errada.

O problema é entender que nem sempre temos controle da situação e infelizmente, às vezes o ponto final já foi colocado ali por terceiros...

Mais estranho ainda é descobrir que muitas vezes colocamos um ponto final aonde a vida só havia deixado uma vírgula, e assim, somos surpreendidos com inesperados reencontros.

Minha mãe diz que relacionamentos são bons para colecionarmos experiências...

Sempre achei que ao longo dos anos e da minha pouca vivência, eu tinha aprendido algumas coisas... Por exemplo, a concordar com a forma de pensar dos antigos gregos e romanos: não há amor sem admiração. Preciso encontrar pelo menos uma coisa na outra pessoa que me encante total e diariamente (e antes que alguém pergunte, isso não é tão difícil assim)...

Porém, depois de passar por poucas e boas, acabei aprendendo três coisas - fundamentais - somente há menos tempo...

Aprendi que - em se tratando de sentimentos, não podemos fazer valer a nossa vontade, é inútil!
Gostar de uma pessoa nada tem a ver com egoísmos infantis e orgulhos desnecessários, mas sim com aquilo que simplesmente nos faz feliz.

Descobri que realmente gostamos de alguém quando aceitamos, numa boa, todos os defeitos daquela pessoa, mesmo aqueles que seriam detestáveis em qualquer outra...

E principalmente, aprendi que gostar é querer ver aquela pessoa feliz, com sorriso estampado no rosto, os olhos cheios de amor e o peito inflado de alegria...

Mesmo que não seja do nosso lado...

O que eu não aprendi ainda, é a usar bem o ponto final...

Um dia eu chego lá.