- Se você não tivesse feito isso seria trouxa e ficaria à mercê da situação. Que nem eu aqui... porque sou covarde, não tenho peito pra fazer o que você fez... Porque ainda prefiro a migalha, do que ter nada...
- Mas numa situação em que o todo não enxerga o que se passa entre só dois, você acaba passando de trouxa do mesmo jeito... Talvez a migalha ainda seja melhor do que nada...
Difícil saber se alguém no diálogo tem razão... Mais difícil ainda entender que fatores levam à tal discussão.
Saber o que o outro pensa, por que pensa daquele jeito e por que motivos toma determinadas atitudes talvez seja um dos grandes mistérios da humanidade... Caramba! Descobrimos a cura de tantas doenças, construímos máquinas capazes de salvar vidas, de levar o homem ao espaço, de recriar os sentidos do corpo criado por Deus... e ainda assim, não aprendemos a expor o que realmente sentimos!
Assim como em Fake Plastic Trees, do Radiohead, às vezes penso que estamos mesmo vivendo em um universo falso de plástico, rodeado de pessoas que parecem reais, mas são feitas de borracha. Gente que se esconde na carapaça que será mais aceita ou admirada por todos num círculo de amizades falsas de plástico, uniões de plástico falso, amores falsos e plásticos...
Pobre de quem habita esse mundinho e se esforça pra manter a alma intacta, mesmo quando sangra ou se debulha em lágrimas. Pobre daqueles que se lamentam: "se eu pudesse ser aquele que você deseja o tempo todo"...
Será mesmo que gente como a do diálogo só merece migalhas? Que isso é tudo que lhes resta?
Que tipo de pessoa se contenta com isso?
Quando a fome não afeta o estômago, quem é o verdadeiro pobre: o que fica com as sobras, o que abriu mão delas porque prefere não ter nada, ou aquele que só tem migalhas pra oferecer?
Seja bem-vindo!
Toda postagem tem um link de acesso à música a que me refiro, é só clicar. Assim você desfruta do texto acompanhado da trilha... Curta o momento!
quarta-feira, 20 de junho de 2012
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