É incrível como de vez em quando nos deparamos com situações que acreditamos ser passageiras, mas que acabam durando bem mais que o esperado...
Oras, pra mim o que não tem solução é a morte! Para todo o resto, há alternativas que dependem da boa vontade e da inteligência de cada um...
Mas embora (na maioria das vezes) tenhamos a capacidade de nos recuperar de vivências ruins, a pergunta aqui é: por que precisamos passar por certas coisas?
Temos fases de alegria e tristeza, de choro e de riso, o tempo inteiro...
Tem gente que acha que isso dá graça à vida, que se fosse diferente, viveríamos numa melancolia sem fim... Será?!
Será que é preciso errar para aprender com os erros? Será que como diz a música Iris, do Goo Goo Dolls, é preciso sangrar para saber que estamos vivos?
É preciso cortar a pele para sabermos que existe dor? É preciso sentir o coração em pedaços para saber que ele consegue - sim - se regenerar?
É preciso sofrer depois de ter sofrido, e amar, e mais amar, depois de ter amado - assim como pregam os versos de Guimarães Rosa?
Por que as coisas não podem ser mais simples? Será que merecemos mesmo determinados infortúnios?
Por que não investimos o nosso dinheiro na opção que vai ser lucrativa? Por que não saímos de casa com guarda-chuva quando nosso sexto sentido diz que o tempo vai virar? Por que não nos apaixonamos pelo mesmo alguém que um dia vai nos levar ao altar?
Por que insistimos em achar que "ter experiências boas e ruins" enobrece e nos torna pessoas melhores e mais maduras?
Será que é preciso ter o dom da clarividência para saber o que vai dar certo e o que não vai?
Somos humanos, não temos super-poderes... no máximo temos a vontade de fazer com que as coisas que almejamos dêem certo... que as nossas ousadias no trabalho sejam bem sucedidas... que as pessoas que queremos possam nos fazer plenamente felizes...
Antigamente quando eu ficava num dilema, tinha a mania de fazer o seguinte pedido às forças celestiais "se tal coisa for boa pra mim, que aconteça".
Cansei de agir assim... Hoje em dia, peço diferente: "que tal coisa SEJA boa pra mim"...
Aliás, hoje em dia nem peço tanto, procuro correr atrás daquilo que quero, com toda a força que consigo dispor naquele momento.
Quero tanto acertar que me importo (muito) de errar. Às vezes, demoro a perceber meu erro e até insisto nele... Digo pra mim mesma que uma coisa"só acaba a hora que eu disser que acabou"...
Pode parecer estúpido, mas é o que mantém a minha consciência limpa de saber que esgotei todas as possibilidades que pareciam possíveis...
Analisando agora, cheguei à conclusão de que isso é um defeito. Talvez se pensasse diferente, eu não me decepcionaria tanto ao esperar atitudes fortes e corajosas de certas pessoas que não as têm...
Tem um ditado que diz que a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional... Besteira...
Dor e sofrimento são a mesma coisa e deveriam ser igualmente evitáveis!
Mas... temos esse poder? Somos capazes de evitar o sofrimento?
Aonde será que esse dom está escondido? No fundo da alma, em algum lugar quase não explorado pelo cérebro, entre as milhares de digitais de uma mão, numa pequena artéria do coração?
Mahatma Gandhi (como sempre) tem uma boa alternativa pra essas indagações.
Em uma de suas citações, ele diz que se pudesse, quando tudo mais faltasse, deixaria um segredo: "o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída"...
É preciso dizer mais?
Seja bem-vindo!
Toda postagem tem um link de acesso à música a que me refiro, é só clicar. Assim você desfruta do texto acompanhado da trilha... Curta o momento!
domingo, 18 de maio de 2008
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Mil
E foi numa noite comum que ao entrar no meu blog percebi esse número: 1000. Foram mil acessos...
Parece brincadeira, mas não entrei no 999, nem ao acaso no 1001. Acessei o blog exatamente quando o contador marcava esse redondo milhar.
Perceber esse algarismo me fez pensar quantas vezes realmente nos damos conta e reparamos nos números que aparecem ao nosso redor...
Quantos mil será que já consquistei na vida?
Mil amores, mil amigos, mil vitórias?
Não, esses números não são possíveis na minha idade, nem tampouco desejáveis... Aos 28 anos, prefiro somar outros milhares.
Tenho poucos amigos que valem por mil. E hoje sei que um amor verdadeiro é único, mas como um prisma que se abre em mil feixes de contentamento e felicidade.
Por outro lado, será que já colecionei mil sonhos? Mil suspiros? Mil sorrisos?
Quantos mil olhares já dei e quantos recebi de volta?
Derramei mil lágrimas? Tive mil acessos de riso?
Quanto falta para chegar aos mil abraços? E aos mil beijos?
Fui gentil quase mil vezes? Fui feliz por mil horas seguidas? Pensei com carinho em mil situações vividas? Superei mil decepções?
Assisti a mil filmes? Ouvi mil belas canções?
Reparei em mil nuvens? Olhei para o Sol e para a Lua mil vezes? Contei mil estrelas?
Já amassei mil bolinhas de papel? Já joguei fora mil coisas que não me serviam mais?
Mudei quase mil conceitos? Quanto falta para acumular mil valores? Será que um dia terei metade de mil qualidades?
Quanto demora para se chegar a um número mil? Será muito, ou será que mil é pouco pra quem um dia deseja ter milhões?
Pensando em tudo isso lembrei de uma música que ouvi pela primeira vez assistindo a um espetáculo de dança de Ivaldo Bertazzo. Chama-se Milágrimas, de Itamar Assupção, com letra de Alice Ruiz - nessa versão, interpretada por Zélia Duncan e Anelis Assumpção.
É uma música curtinha, mas que tem nos versos tamanho consolo que poderia até virar mantra. E o refrão refere-se também a esse número em questão: "a cada mil lágrimas, sai um milagre"...
Será mesmo verdade? Será que a cada mil coisas vividas apareça uma tão boa que ofusque todas as outras nem tão boas ou ruins?
Outro dia um amigo deixou a seguinte frase no MSN: "o mundo parece ter mais graça ao tentarmos fazer o quase impossível"...
Li aquilo com reflexão... Talvez seja verdade, talvez não seja preciso derramar mil lágrimas para conseguir um milagre...
Talvez possamos tomar mil atitudes que valham por essa mágica intervenção divina. Talvez, ao tentarmos fazer o impossível, possamos realmente chegar a algo que só sonhávamos em ter.
Enquanto sozinha na calada da noite, sinto orgulho dos mil visitantes do meu blog, fico a esperar... não um milagre, mais outras mil coisas que me encham de alegria e que possam somar-se aos tantos números que ainda hei de colecionar...
Parece brincadeira, mas não entrei no 999, nem ao acaso no 1001. Acessei o blog exatamente quando o contador marcava esse redondo milhar.
Perceber esse algarismo me fez pensar quantas vezes realmente nos damos conta e reparamos nos números que aparecem ao nosso redor...
Quantos mil será que já consquistei na vida?
Mil amores, mil amigos, mil vitórias?
Não, esses números não são possíveis na minha idade, nem tampouco desejáveis... Aos 28 anos, prefiro somar outros milhares.
Tenho poucos amigos que valem por mil. E hoje sei que um amor verdadeiro é único, mas como um prisma que se abre em mil feixes de contentamento e felicidade.
Por outro lado, será que já colecionei mil sonhos? Mil suspiros? Mil sorrisos?
Quantos mil olhares já dei e quantos recebi de volta?
Derramei mil lágrimas? Tive mil acessos de riso?
Quanto falta para chegar aos mil abraços? E aos mil beijos?
Fui gentil quase mil vezes? Fui feliz por mil horas seguidas? Pensei com carinho em mil situações vividas? Superei mil decepções?
Assisti a mil filmes? Ouvi mil belas canções?
Reparei em mil nuvens? Olhei para o Sol e para a Lua mil vezes? Contei mil estrelas?
Já amassei mil bolinhas de papel? Já joguei fora mil coisas que não me serviam mais?
Mudei quase mil conceitos? Quanto falta para acumular mil valores? Será que um dia terei metade de mil qualidades?
Quanto demora para se chegar a um número mil? Será muito, ou será que mil é pouco pra quem um dia deseja ter milhões?
Pensando em tudo isso lembrei de uma música que ouvi pela primeira vez assistindo a um espetáculo de dança de Ivaldo Bertazzo. Chama-se Milágrimas, de Itamar Assupção, com letra de Alice Ruiz - nessa versão, interpretada por Zélia Duncan e Anelis Assumpção.
É uma música curtinha, mas que tem nos versos tamanho consolo que poderia até virar mantra. E o refrão refere-se também a esse número em questão: "a cada mil lágrimas, sai um milagre"...
Será mesmo verdade? Será que a cada mil coisas vividas apareça uma tão boa que ofusque todas as outras nem tão boas ou ruins?
Outro dia um amigo deixou a seguinte frase no MSN: "o mundo parece ter mais graça ao tentarmos fazer o quase impossível"...
Li aquilo com reflexão... Talvez seja verdade, talvez não seja preciso derramar mil lágrimas para conseguir um milagre...
Talvez possamos tomar mil atitudes que valham por essa mágica intervenção divina. Talvez, ao tentarmos fazer o impossível, possamos realmente chegar a algo que só sonhávamos em ter.
Enquanto sozinha na calada da noite, sinto orgulho dos mil visitantes do meu blog, fico a esperar... não um milagre, mais outras mil coisas que me encham de alegria e que possam somar-se aos tantos números que ainda hei de colecionar...
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