Foram quase nove dias num cenário que eu não via há seis anos.
Bem que dizem, o bom filho à casa torna...
Depois de uma corrida manhã de sexta-feira - meu cinegrafista e companheiro de viagem havia antecipado o horário da nossa partida e esqueceu de me avisar - chegar a Joinville no início da tarde foi pura sessão nostalgia...
Como é bom voltar a um lugar que só deixou boas recordações! Rever paisagens, lembrar de situações engraçadas, reencontrar antigos amigos...
Enquanto enumerava com gosto tudo o que eu tinha vivido por ali, lembrei de um detalhe importante, aquilo que Joinville tem de melhor, além do Festival: as pessoas!
Em poucos dias já sabíamos o nome de todo mundo e, por incrível que pareça, até alguns taxistas sabiam os nossos.
Lá estava a cidade, mais uma vez me acolhendo bem. Aliás, da melhor maneira possível.
Como não podia ser diferente, conhecemos pessoas que foram essenciais na nossa tarefa (e que espero manter no círculo de amizades durante um longo tempo).
E também como não podia ser diferente, durante esses dias no sul do país, mergulhei fundo num velho e conhecido vício... uma coisa louca e encantadora chamada dança.
Estar de volta ao Festival que é considerado o maior do mundo em número de participantes - segundo o Guinness Book - foi um misto de sensações.
Embora a correria fosse grande e a responsabilidade de fazer um bom trabalho, maior ainda, também tive momentos de pausa para me tornar espectadora.
Enquanto os olhos lacrimejavam e peito apertava vendo as performances no palco, não pude deixar de pensar: o presente que tive agora, só foi possível graças a um saudoso e realizado passado.
Nessa hora percebi uma coisa importante. Dançar para uma platéia de 4300 pessoas é sensacional - assim como os grupos que mostramos pela telinha da TV, eu também já tive esse privilégio. Mas importante mesmo é dançar, seja da maneira que for.
É bom e extremamente necessário! É uma maneira de fazer com que sua alma chegue mais perto do céu, onde os deuses habitam.
E não é preciso ser um grande pé-de-valsa. Apenas uma música bem orquestrada e deliciosamente interpretada como I´ve got you under my skin, com Frank Sinatra, já faz milagre...
Não importa como... dance sozinho, acompanhado... para uma platéia gigante, ou apenas pra você, na frente do espelho. Feche os olhos e deixe o ritmo te levar. Como diz o ditado, dance como se ninguém estivesse olhando...
Acredite! Coisas incríveis acontecem quando você se entrega de corpo e alma à dança!
Ao final de oito dias, Joinville novamente entra para a minha memória como uma das viagens mais adoráveis que podem acontecer pra uma pessoa.
Uma viagem que me fez entender como às vezes é bom olhar para certas coisas sob um prisma diferente...
Com as sapatilhas devidamente aposentadas, posso dizer que meu antigo vício agora é apenas um hábito saudável que manterei - provavelmente - até o fim dos meus dias...
Saudosismos à parte, acho que todo mundo deveria tentar ao menos vez...
Posso garantir: um pouco de dança e a vida se torna muito mais feliz!
Afinal, o que é a felicidade senão um momento único e inesquecível que nos realiza por completo?
Seja bem-vindo!
Toda postagem tem um link de acesso à música a que me refiro, é só clicar. Assim você desfruta do texto acompanhado da trilha... Curta o momento!
terça-feira, 5 de agosto de 2008
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